segunda-feira, 25 de julho de 2011

CRÍTICA




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Crítica
Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando:
O que é que os senhores estão vendo?
E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:
Um bicho!
Um lagarto horrível!
Uma larva!
Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectativa, a expositora considerou:
Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...
E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:
Nada mais tenho a dizer...
Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.
Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.

Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.

Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.

Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando:

O que é que os senhores estão vendo?

E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:

Um bicho!

Um lagarto horrível!

Uma larva!

Um pequeno monstro!

Esgotados breves momentos de expectativa, a expositora considerou:

Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...

E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:

Nada mais tenho a dizer...

Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.

COMO SUPERAR LIMITES PRESUMIDOS

Use sua imaginação para conseguir mais
Uma estratégia sugerida por Anthony Robbins é muito útil para irmos além de limites que acreditamos (apenas) que temos, além de ser muito fácil de se fazer:
1) Providencie giz ou algo que sirva para marcação no chão (até uma linha divisória no piso pode ajudar).
2) Em pé, de pés juntos e alinhados, gire um dos pés sobre o calcanhar até seu limite. Marque o ângulo atingido e realinhe os pés.
3) Feche os olhos e mentalize o mesmo movimento, girando além do que fora (só na imaginação, não mova o pé desta vez).
4) Repita o passo 2 e novamente marque até onde foi o pé.
5) Compare os ângulos formados pelos pés, antes e depois.
Usei várias vezes esta técnica de ampliação mental de limites em demonstrações em sala de aula, e apenas um ou dois em cada 40 não atingiam um ângulo maior. Nunca ninguém atingiu na segunda vez um ângulo menor. Ela foi muito útil também em exercícios de RPG, inclusive para proporcionar maior concentração: ao invés de prestar mais atenção na dor dos alongamentos, concentrava-me em fazer melhor os exercícios!
Você pode aplicar esta estratégia em qualquer situação na qual encontre um limite e possa visualizar-se internamente fazendo. De fato, nossos limites, embora não estejam na zona de conforto, constituem as fronteiras de melhoria.
Virgílio Vasconcelos Vilela

Pensamento do Dia

"Quando minha escolha é consciente, nenhuma repercussão me assusta. Quando não é, qualquer comentário me balança."

José Eustaquio

domingo, 24 de julho de 2011

VOCÊ SE TORNA AQUILO QUE ACREDITA QUE É

Era uma vez uma grande montanha onde as águias tinham seus ninhos. Um dia, um tremor de terra fez com que um dos ovos de águia rolasse montanha abaixo. Ele rolou até parar no terreiro de uma fazenda ao pé da montanha. As galinhas, como sempre muito responsáveis, decidiram cuidar do ovo e uma galinha mais velha ficou com a incumbência de chocá-lo e cuidar da educação da pequena ave.
Após algumas semanas, o ovo se abriu e uma bela águia nasceu. Infelizmente, a pequena águia foi criada como uma galinha e passou a acreditar que era mais uma ave do galinheiro da fazenda. A águia amava seu lar e sua família, mas, intimamente, seu espírito sonhava com algo mais.
Um dia, enquanto ciscava o chão à procura de insetos, a águia olhou para o céu e viu um grupo de poderosas águias voando muito alto. "OH", a águia gritou, "como eu gostaria de voar como aquelas aves". As galinhas riram e zombaram: "Você não pode voar como aquelas aves. Você é uma galinha, e galinhas não voam".
A águia continuou a mirar sua verdadeira família, sonhando que poderia estar lá em cima com aquelas belas aves. Mas toda vez que ela revelava seus sonhos, era lembrada que isto não era possível. Isto foi o que a águia aprendeu a acreditar. Com o passar do tempo, a águia parou de sonhar e continuou a viver sua vida de galinha. Finalmente, após muitos anos vivendo como galinha, a águia morreu.
Moral da história: você se torna aquilo que você acredita que é. Assim, se você sonha que é uma águia, siga seus sonhos e não os conselhos das galinhas. Ilustra uma das formas mais comuns de bloqueios à criatividade, os bloqueios culturais: barreiras que impomos a nós mesmos, geradas por pressões da sociedade, cultura ou grupo a que pertencemos.
Autor desconhecido

Pensamento do Dia

"A sabedoria é para a alma o que a saúde é para o corpo."
Duque de La Rochefoucauld

sábado, 23 de julho de 2011

Relacionamento: A Nova Moeda.

Houve um tempo em que mandava no mundo quem possuía terras. O nome dessa era: Feudalismo, uma estrutura político-social baseada nas relações servis.

No final do século XVIII, precisamente na Inglaterra, iniciou um movimento sem precedentes na história da humanidade: A revolução industrial, e com ele um novo paradigma se instalou: O poder passou para as mãos dos senhores do capital. Em meados da década de 1980, com a revolução das telecomunicações, informática e o surgimento da internet, surgiu a era do conhecimento, e com ela, o poder novamente transigiu, passando agora para as mãos daqueles que detinham a moeda em voga: a informação.

E agora? Que era estamos vivendo? Quem deterá o poder daqui para frente?

Vivemos numa era em que possuir terras, capital ou ser um gênio do conhecimento não faz mais diferença.no sucesso profissional ou pessoal de qualquer indivíduo. Para empreender resultados bem sucedidos no mundo contemporâneo é fundamental que as pessoas desenvolvam a principal das competências: Habilidade de relacionamento. Entretanto, quando abordamos este assunto nos dias atuais, vislumbramos uma nova e vertiginosa perspectiva: As conexões. Isto mesmo, relacionamento no mundo moderno é sinônimo de redes sociais e está associado à tecnologia.

Se voltarmos às nossas origens e estudarmos a essência do animal que somos, fica fácil inferir que as conexões fazem parte da nossa história desde os nossos ancestrais. Nossa estrutura neurológica foi construída de tal forma que somos impelidos a aproximação e à formação de vínculos. Por isso deixamos de ser nômades e criamos as primeiras comunidades. A roda, o império romano, a imprensa, o renascimento, a queda da bastilha, a televisão, o PC, a internet, o mapa do genoma e tudo o mais que fizemos têm o mesmo objetivo: Nos aproximar dos nossos semelhantes.

Hoje, a mente humana, este instrumento incrível, deu pela primeira vez, a uma espécie biológica o poder de modificar conscientemente as estruturas de relacionamento através da tecnologia. Vivemos um momento único em nossa existência, que só se compara à própria revolução industrial. Mas, para onde estará a tecnologia nos levando? Estaremos no começo, no meio ou no fim da história? E se tudo isto que tem acontecido seja apenas um novo começo? E se estivermos vivendo agora a pré história de uma época tão distante da nossa quanto a roda é do DNA?

A aceleração da mudança nos causa ansiedade porque não estávamos preparados para ela. Para fugir dessa ansiedade, para não ter a sensação de ficar para trás, somos capazes de qualquer loucura: celular, celular que faz foto, celular com internet, MSN, Orkut, linkedin, facebook, twitter.. e por aí vai.

Porém, diante desta perplexidade, se você prestar atenção irá descobrir que por mais visceral que seja a mudança, algo permanece, não muda. Alguma coisa que sente emoção, medo, prazer e que tem necessidades fundamentais: Reconhecimento, crescimento, amor, afeto. Ao contrário do computador e das máquinas, o ser humano é altamente falível quando se trata de armazenar informações. Mas é incomparável para captar o sentido. E não é a toa que a palavra sentido vem de sentir.

Talvez as próprias tecnologias sejam uma tentativa de dar vazão a estas necessidades. É muito provável que não saibamos querer coisas diferentes, só saibamos criar formas diferentes de querer as mesmas coisas. E há uma coisa fundamental à sobrevivência humana em todos os tempos: O relacionamento. A evolução deve ter imprimido em nosso cérebro a alegria, a esperança, a confiança, a preocupação com o semelhante, a paixão e o orgulho da continuidade da aventura humana. E é inegável que essa continuidade depende da nossa capacidade singular e criar e manter vínculos duradouros uns com os outros. A própria internet não é nada mais do que uma tentativa de fazer contato, de estender o âmbito das nossas relações, de nos enredar em tempo real em contexto global.

Através de todas as tecnologias o ser humano continua como sempre, à procura de novas formas de convivência, de proximidade, de intimidade, de objetivos comuns, de comunidade. E, em nenhuma outra era, essa necessidade visceral de aproximação e relacionamento ficou tão latente quanto na era em que estamos vivendo. A nova moeda é sem sombra de dúvidas a capacidade em criar e manter conexões duradouras, de relacionar.

Somos a espécie que mudou o mundo, mas ao mesmo tempo somos frágeis, emocionais, com medo do escuro. Chegamos à lua, deciframos os segredos da genética, criamos a internet e ainda faremos muito mais.

No exato momento em que nascemos, somos tudo o que seremos ao longo da vida: Potencialidade e carência; força e fragilidade; alegrias e tristezas; vitórias e derrotas.

É fato: dependemos uns dos outros para que possamos concretizar nossa missão neste planeta, para realizar nossos sonhos, nos tornarmos plenos e alcançarmos a felicidade.

Pensamento do Dia

"Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova."

Gandhi

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A FÁBULA DO PORCO-ESPINHO



Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:

Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.

Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

E assim sobreviveram.
"As coisas mais difíceis de se ver são as que estão debaixo de nossos olhos."

V. G. Rossi

segunda-feira, 18 de julho de 2011

FOLHA EM BRANCO



Folha em branco
Certo dia um professor estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.
Faltavam uns quinze minutos para o encerramento e um jovem levantou o braço e disse: professor, pode me dar uma folha em branco? O professor levou a folha até sua carteira e perguntou-lhe porque queria mais uma folha em branco, e o aluno falou: eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.
Apesar do pouco tempo que faltava, o professor confiou no rapaz, deu-lhe a folha em branco e ficou torcendo por ele. A atitude do aluno causou simpatia ao professor que, tempos depois, ainda se lembrava daquele episódio simples, mas significativo.
Assim como aquele aluno, nós também recebemos de Deus, a cada dia, uma nova folha em branco. E muitos de nós só temos feito rabiscos, confusões, tentativas frustradas e uma confusão danada... Outros apenas amassam essa nova página e a arremessam na lixeira, preferindo a ociosidade, gastando o tempo na inutilidade.
Talvez hoje fosse um bom momento para começar a escrever, nessa nova página em branco, uma história diferente, visando um resultado mais feliz.
Assim como tirar uma boa nota depende da atenção e do esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção e da dedicação de cada um.
Não importa qual seja a sua idade, a sua condição financeira, a sua religião... Tome essa página em branco e passe sua vida a limpo. Escreva, hoje, um novo capítulo, com letras bem definidas e sem rasuras. E o principal: que todos possam ler e encontrar lições nobres. Não se preocupe em tirar nota dez, ser o primeiro em tudo, preocupe-se apenas em fazer o melhor que puder.
Pense que mesmo não tendo pedido, Deus lhe ofereceu uma outra folha em branco, que é o dia de hoje. Por isso, não se permita rabiscar ou escrever bobagens nesta nova página, nem desperdiçá-la.
Aproveite essa nova chance e escreva um capítulo feliz na sua história. Use as tintas com lucidez e coragem, com discernimento e boa vontade. Não poupe as palavras: dignidade, amizade, fraternidade, esperança e fé. Assim, ao terminar de escrever esse novo capítulo da sua vida, você não verá rasuras nem terá que reescrevê-lo em tempo algum, porque foi escrito com nobreza e sabedoria.
Pense nisso! Aproveite este dia e ame com todas as forças do seu coração, sem restrições, sem ver defeitos ou tristezas. Conjugar o verbo amar é escrever uma história feliz.
Não espere que a melhoria, a prosperidade e o bem-estar caiam do céu milagrosamente, sem fazer força. Tudo tem o preço da conquista, da busca, da participação, do esforço.
São muito potentes os talentos que você dispõe, ainda não explorados pelo seu pensar e sentir, e muitas são as suas possibilidades de crescer e conquistar o que mais quer ou precisa, chegando à felicidade. Basta que não amasse nem rabisque de forma inconseqüente essa página em branco, chamada hoje.
Certo dia um professor estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.

Faltavam uns quinze minutos para o encerramento e um jovem levantou o braço e disse: professor, pode me dar uma folha em branco? O professor levou a folha até sua carteira e perguntou-lhe porque queria mais uma folha em branco, e o aluno falou: eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez.

Apesar do pouco tempo que faltava, o professor confiou no rapaz, deu-lhe a folha em branco e ficou torcendo por ele. A atitude do aluno causou simpatia ao professor que, tempos depois, ainda se lembrava daquele episódio simples, mas significativo.

Assim como aquele aluno, nós também recebemos de Deus, a cada dia, uma nova folha em branco. E muitos de nós só temos feito rabiscos, confusões, tentativas frustradas e uma confusão danada... Outros apenas amassam essa nova página e a arremessam na lixeira, preferindo a ociosidade, gastando o tempo na inutilidade.

Talvez hoje fosse um bom momento para começar a escrever, nessa nova página em branco, uma história diferente, visando um resultado mais feliz.

Assim como tirar uma boa nota depende da atenção e do esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção e da dedicação de cada um.

Não importa qual seja a sua idade, a sua condição financeira, a sua religião... Tome essa página em branco e passe sua vida a limpo. Escreva, hoje, um novo capítulo, com letras bem definidas e sem rasuras. E o principal: que todos possam ler e encontrar lições nobres. Não se preocupe em tirar nota dez, ser o primeiro em tudo, preocupe-se apenas em fazer o melhor que puder.

Pense que mesmo não tendo pedido, Deus lhe ofereceu uma outra folha em branco, que é o dia de hoje. Por isso, não se permita rabiscar ou escrever bobagens nesta nova página, nem desperdiçá-la.

Aproveite essa nova chance e escreva um capítulo feliz na sua história. Use as tintas com lucidez e coragem, com discernimento e boa vontade. Não poupe as palavras: dignidade, amizade, fraternidade, esperança e fé. Assim, ao terminar de escrever esse novo capítulo da sua vida, você não verá rasuras nem terá que reescrevê-lo em tempo algum, porque foi escrito com nobreza e sabedoria.

Pense nisso! Aproveite este dia e ame com todas as forças do seu coração, sem restrições, sem ver defeitos ou tristezas. Conjugar o verbo amar é escrever uma história feliz.

Não espere que a melhoria, a prosperidade e o bem-estar caiam do céu milagrosamente, sem fazer força. Tudo tem o preço da conquista, da busca, da participação, do esforço.

São muito potentes os talentos que você dispõe, ainda não explorados pelo seu pensar e sentir, e muitas são as suas possibilidades de crescer e conquistar o que mais quer ou precisa, chegando à felicidade. Basta que não amasse nem rabisque de forma inconseqüente essa página em branco, chamada hoje.

UM ABRAÇO

Uma jovem de Nova Orleans sentou-se uma vez ao meu lado no avião. Quando soube que eu me interessava pelo assunto dos abraços, contou-me que havia crescido numa família de costumes rigorosos, onde não existia o hábito de abraçar.
- Quase nunca nos tocávamos — afirmou ela.
- Por isso, quando comecei a sair com o meu namorado, nunca o abraçava.
- E ainda se priva dos abraços?
- Oh, não — disse ela rindo.
- Que a fez mudar?
Uma bela tarde, ela passeava com o namorado por um pontão de madeira ao longo do Mississipi. Ele tinha trazido uma máquina fotográfica e sugeriu que fizessem umas poses juntos para tirarem umas fotos perto do rio.
Montaram a máquina no passeio e depois desceram pelas rochas que levavam ao rio. Numa tentativa de se despachar para se pôr em posição a tempo, antes que a câmara disparasse, ela tropeçou e caiu, torcendo o pé.
A câmara disparou e apanhou-a sentada nas pedras. Quando voltou para o passeio com Brad, sentia fortes dores no tornozelo. Tinha feito um entorse e teve de atravessar todo o pontão a coxear, com ele a ajudá-la em cada passo que dava.
- Ele tinha o seu braço à volta da minha cintura e as nossos quadris estavam pressionadas um contra o outro. Eu tinha o braço à volta do seu pescoço.
Sentia tantas dores que nem pensava no que estava fazendo. De poucos em poucos metros, tínhamos de parar. E, de cada vez que parávamos, ficávamos ali ao sol, apoiados um no outro, quadril com quadril, lado a lado.
As pessoas passavam e sorriam-nos. Viam em nós um casal de namorados a aproveitarem juntos um momento de paz. Mal eles sabiam como eu estava a sofrer.
Quando alcançaram a Decatur Street para apanhar um táxi, tinha passado uma hora.
—Durante aquela hora, eu aprendi algo sobre o abraço que não voltaria a esquecer. Descobri o prazer de estar em contacto com alguém que se ama, mesmo se for só num abraço de lado.
Na verdade, quando paramos à frente do navio Natchez, pedimos a alguém que tirasse uma fotografia nossa assim. Ainda a tenho. Aparecemos com os braços à volta um do outro, naquele abraço de lado.
Sempre que ele se quer lembrar do dia em que a nossa relação ficou séria, caminhamos abraçados de lado. É uma maneira engraçada de lembrar a forma como eu me libertei de uma infância de privação de abraços.
Autor desconhecido

sábado, 9 de julho de 2011

NÃO APRESSE O RIO


O rio corre sozinho, vai seguindo seu caminho.
Não necessita ser empurrado.
Para um pouquinho no remanso.
Apressa-se nas cachoeiras.
Desliza de mansinho nas baixadas.
Precipita-se nas cascatas.
Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho.
Sabe que há um ponto de chegada.
Sabe que seu destino é para a frente.
O rio não sabe recuar.
Seu caminho é seguir em frente.
É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar.
O mar é sua realização.
É chegar ao ponto final.
É ter feito a caminhada.
É ter realizado totalmente seu destino.
A vida da gente deve ser levada do jeito do rio.
Deixar que corra como deve correr.
Sem apressar e sem represar.
Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras.
Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida,
sabendo que há um ponto de chegada.
A vida é como o rio.
Por que apressar?
Por que correr se não há necessidade?
Por que empurrar a vida?
Por que chegar antes de se partir?
Toda natureza não tem pressa.
Vai seguindo seu caminho.
Assim também é a árvore, assim são os animais.
Tudo o que é apressado perde o gosto e o sentido.
A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto.
Tudo tem seu ritmo.
Tudo tem seu tempo.
E então, por que apressar a vida da gente?
Desejo ser um rio.
Livre dos empurrões dos outros e dos meus próprios.
Livre da poluição alheias e das minhas.
Rio original, limpo e livre.
Rio que escolheu seu próprio caminho.
Rio que sabe que tem um ponto de chegada.
Sabe que o tempo não interessa.
Não interessa ter nascido a mil ou a um quilômetro do mar.
Importante é chegar ao mar.
Importante é dizer "cheguei".
E porque cheguei, estou realizado.
A gente deveria dizer: não apresse o rio, ele anda sozinho.
Assim deve-se dizer a si mesmo e aos outros: não apresse a vida, ela anda sozinha
Deixe-a seguir seu caminho normal.
Interessa saber que há um ponto de chegada e saber que se vai chegar lá. 
Barry Stevens 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

PENSAMENTO DO DIA

"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável."

Mahatma Gandhi

quinta-feira, 7 de julho de 2011

NASRUDIN E O OVO


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Escrito por Contos Sufi de Nasrudin   

Certa manhã, Nasrudin colocou um ovo embrulhado num lenço, foi para o meio da praça da sua cidade, e chamou aqueles que estavam ali.
- Hoje vamos ter um importante concurso! A quem descobrir o que está embrulhado neste lenço eu dou de presente o ovo que está dentro!
As pessoas se olharam, intrigadas, e responderam:
- Como podemos saber? Ninguém aqui é capaz de fazer esse tipo de previsões!
Nasrudin insistiu:
- O que está neste lenço tem um centro que é amarelo como uma gema, cercado de um líquido da cor da clara, que por sua vez está contido dentro de uma casca que se parte facilmente. É um símbolo de fertilidade, e lembra-nos dos pássaros que voam para seus ninhos. Então, quem é que me pode dizer o que está aqui escondido?
Todos os habitantes pensavam que Nasrudin tinha um ovo na sua mão, mas a resposta era tão óbvia, que ninguém quis passar vergonha diante dos outros.
E se não fosse um ovo, mas algo muito importante, produto da fértil imaginação mística dos sufis? Um centro amarelo podia significar algo do sol, o líquido em seu redor talvez fosse um preparado alquímico. Não, aquele louco estava a querer fazer alguém passar por ridículo.
Nasrudin perguntou mais duas vezes, e ninguém respondeu.
Então ele abriu o lenço e mostrou a todos o ovo.
- Todos vocês sabiam a resposta - afirmou. - E ninguém ousou reponder.
"É assim a vida daqueles que não tem coragem de arriscar: as soluções são dadas generosamente por Deus, mas estas pessoas sempre procuram explicações mais complicadas, e terminam não fazendo nada."

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Três Conselhos









Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior.
Um dia o marido fez a seguinte proposta para a esposa:
"Querida eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e enquanto eu estiver fora, seja FIEL a mim, pois eu serei fiel a você. "
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.
O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito. Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.
O pacto foi o seguinte:
"Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o senhor me dispensa das minhas obrigações.
EU NÃO QUERO RECEBER O MEU SALÁRIO. Peço que o senhor o coloque na poupança até o dia em que eu for embora.
No dia em que eu sair o senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho".
Tudo combinado.
Aquele jovem trabalhou DURANTE VINTE ANOS, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos chegou para o patrão e disse:
"Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa."
O patrão então lhe respondeu:
"Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
Eu lhe dou o seu dinheiro e você vai embora, ou LHE DOU TRÊS CONSELHOS e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos; se eu lhe der os conselhos, eu não lhe dou o dinheiro.
Vá para o seu quarto, pense e depois me dê a resposta.
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe: "QUERO OS TRÊS CONSELHOS."
O patrão novamente frisou: "Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro."
E o empregado respondeu: "Quero os conselhos."

O patrão então lhe falou:
1. NUNCA TOME ATALHOS EM SUA VIDA. Caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida.
2. NUNCA SEJA CURIOSO PARA AQUILO QUE É MAL, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal.
3. NUNCA TOME DECISÕES EM MOMENTOS DE ÓDIO OU DE DOR, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.
Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
"AQUI VOCÊ TEM TRÊS PÃES, estes dois são para você comer durante a viagem e este terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.“
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.
Após primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e lhe perguntou: "Pra onde você vai?“
Ele respondeu: "Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por essa estrada."
O andarilho disse-lhe então: "Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez, e você chega em poucos dias...“
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal.
Dias depois soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou pensão à beira da estrada, onde pode hospedar-se.
Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir.
De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito.
Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.
Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia escutado gritos durante a noite, e ele respondeu que sim.
O hospedeiro perguntou-lhe se não estava curioso a respeito, e ele respondeu que não..
O hospedeiro prosseguiu: “VOCÊ É O PRIMEIRO HÓSPEDE A SAIR DAQUI VIVO, pois meu filho tem crises de loucura, grita durante a noite... e quando o hóspede sai, mata-o e enterra-o no quintal.”
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhada... Já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo, mas ele pode ver que ela não estava só.
Andou mais um pouco e viu que um homem a abraçava e estava acariciando seus cabelos.
Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho.
Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria, ele pensou:
"NÃO VOU MATAR MINHA ESPOSA E NEM O SEU AMANTE.
Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta.
Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre FUI FIEL A ELA".
Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira em seu pescoço e o abraça afetuosamente.
Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos lhe diz: "Eu fui fiel a você e você me traiu..."
Ela espantada lhe responde: "Como? Eu nunca lhe trai, esperei durante esses vintes anos!"
Ele então lhe perguntou: "E aquele homem que
você estava acariciando ontem ao entardecer?"
"AQUELE HOMEM É NOSSO FILHO. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade.“
Então o marido entrou, conheceu, abraçou o filho e contou-lhes toda a sua história, enquanto a esposa preparava o café.
Sentaram-se para tomar café e comer juntos o último pão.
APÓS A ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO, COM LÁGRIMAS DE EMOÇÃO, ele parte o pão e, ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação!
Muitas vezes achamos que o atalho "queima etapas" e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade...
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará...
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois....
Espero que você, assim como eu, não se esqueça desses três conselhos e que, principalmente, não se esqueça de CONFIAR em DEUS... (mesmo que a vida, muitas vezes já tenha te dado motivos para a desconfiança).
Outra coisa....
Não guarde essa mensagem numa pasta, envie para seus amigos...
Não perca a oportunidade de fazer (mais) feliz o dia de alguém, pois esta bela história nos instiga à boas atitudes em situações extremas.

domingo, 3 de julho de 2011

O Monge Mordido

Cada um na sua
Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada . Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre deve estar muito doente! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão! 
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.

O Verdadeiro culpado


Certo dia, uma senhora ligou desesperada para o Corpo de Bombeiros da sua cidade para apagar o fogo que começara repentinamente em sua casa. Como a distância da sede do Corpo de Bombeiros até a sua casa era considerável, quando os Bombeiros chegaram já era tarde demais. Só havia restado um amontoado de madeira queimada e muita fumaça.
Ela, no âmago do seu desespero e chorando muito, disse:
- Toda a minha vida estava nesta casa, meus sonhos e meus projetos. Tudo virou pó! - E não contente, descarregou toda a sua amargura.
- A culpa é desses bombeiros incompetentes e sem coração que demoraram uma vida para chegar até aqui. Eles são os culpados por não ter sobrado nada da minha casa!
Então, um homem se aproximou daquela amargurada e triste senhora, dizendo:
- Eu sou o eletricista que fez a instalação da sua casa, lembra? - Ela assentiu com a cabeça.
- A senhora lembra quando eu disse que os fios que nós estávamos empregando na obra eram de má qualidade? - Outra vez ela concordou com o homem.
- E mesmo assim a senhora insistiu que deveriam ser aqueles fios, porque isto no final da instalação lhe traria uma economia de 75 reais. Pois é, a economia de 75 reais se tornou um prejuízo de 100 mil reais.
Moral da história: Quando algo de ruim acontece com a gente, imediatamente, começamos a culpar todo mundo a nossa volta, mas, na grande maioria das vezes, os verdadeiros culpados pelos nossos infortúnios somos nós mesmos.
Enviada pelo autor: Cleiton Lourival Peixer - 11/08/2010